O Crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
Cerca de
cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata
e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não
somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns
anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas
cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes,
somente no Brasil.
Tal
substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de
prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra
faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se
encontra em altas concentrações.
Perseguindo
esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o
passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com
que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os
mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a
poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está
sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo
isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre
em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do
que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.